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  • Foto do escritorProfessor Bal

Moral Iogue

Atualizado: 9 de out. de 2019

"Aquele que sente que o prazer dos sentidos e a alegria suprema são um e o mesmo está totalmente enganado. A auto-indulgência e a meta da vida nunca se encontrarão. Para ver Deus, é preciso ser prático, absolutamente prático, tanto no mundo da realização quanto no mundo da manifestação. Ninguém pode ser mais prático do que aquele que é dotado de qualidades espirituais. Sua vida é guiada, protegida e iluminada pelas forças divinas " Sri Bhagavad Gita

Yamas*: Ahimsa - O extermínio da violência Satya - O extermínio da inverdade Asteya - O extermínio da cobiça Aparigraha - O extermínio do apego Brahmacharya - O extermínio da luxúria Niyamas*: Shaucha - Pureza. Estar livre do ranço físico e mental. Samtosha - Contentamento. Em tudo dai graças. Tapas - Austeridade. É morrendo que se vive. Svádhyáya - Auto estudo. Íshvara Pranidhána - Entrega do resultado das ações. Deixar na mão de Deus. A prática disciplinada dos Yamas e Niyamas é uma maravilhosa ferramenta de auto compreensão, mas perceba que seu caráter de instrução moral ou código de boa convivência só se mantém durante uma observação superficial. O mesmo se aplica aos preceitos judaico cristãos. Como poderia você "amar ao próximo" apenas porque assim foi instruído? Amor não se ensina, tampouco determina. É impossível a expressão genuína de qualquer um desses pontos mediante esforço. Aquele que se esforça para não mentir, de certo já está mentindo. Mas um Coração que repousa no Silêncio, por sua vez, sequer enxerga a mentira. Aí se revela verdadeiramente Satya. Apenas o conhecimento do Ser revela essa fragrância. O Sábio Mata em Ahimsa e transa em Brahmacharya. Os movimentos, em sabedoria, são todos livres. Não é uma questão de forma/aparência, mas uma expressão do Profundo. Não se trata de uma questão de certos e errados, mas do extermínio das identificações e do sofrimento que delas germina. A ignorância leva a crer que o Yoga é uma espécie de convite à uma certa demência esforçada. O que pode lhe levar a uma experiência pessoal plastificada e tão silenciosa quanto desesperadora. E tomado por essa ignorância, você acaba até dando a esse movimento o nome "evolução espiritual". O verdadeiro Yoga é o desvelar da natureza do rio, que pode se mostrar violento e caudaloso ou sereno e sem curvas, além de poder percorrer os mais diversos cenários. Tendo a clareza de que sua qualidade última é água pura. O Iogue não é uma boneca que você aperta na barriga e repete "gratidom" e "gratiluz". Ele não é um pastel de vento, nem um picolé de chuchu. Ele não ressoa no neutro, nem na apatia. -O Ioga não é um convite à inercia e à representação de modelo, nem muito menos à fantasia de ser bom.- O Iogue não vive de "posso" e "não posso", nem está interessado em dar abraços que ultrapassem a barreira do desconforto. O Iogue não está interessado. Ele não precisa falar sussurrado temendo machucar o que quer que seja. O iogue é uma potência viva da natureza. Ele é a explosão da ação mais violenta até mesmo quando se assemelha a uma estátua. Ele é aquele que grita enquanto seu coração está em silêncio, e seu silêncio é mais poderoso que uma bomba de mil megatons. Diante do Iogue todos os obstáculos desaparecem, e ele não quer salvar ninguém. O Iogue não quer. E o seu não querer já salvou o mundo inteiro. Ele não está interessado em certos e errados. Ele repousa sobre a contradição. E se o Iogue bebe, fuma e transa; Ele devora a Liberdade. E se ele cala, paralisa e some; Ele devora a liberdade. O Iogue é o vegetariano da alma, não da carne. Quem haveria de julgar o Iogue se Ele nem mesmo está lá? O Iogue é um rio, uma estrela candente e o ar. E é tudo isso um sonho. Ele não conquistou nada e venceu a vida. O Iogue está no mundo, mas não é do mundo. O Iogue é uma mentira. E a Verdade última Nem maior Nem menor O Iogue É Livre! Mas tão livre que a "liberdade" não lhe importa. O Iogue não tem compromisso com a forma, mas com a ação. O Iogue habita no Silêncio *Yamas e Niyamas apontados por Patanjali.

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